Um curta brasileiro criado pelo canal Headstone Films.
Paralisei
Seu medo é nossa responsabilidade
sábado, 15 de agosto de 2015
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Hyper-Salto
Cientistas já conseguiram teletransportar uma partícula para uma distância de 30 cm de onde ela estava. Isso é algo que parecia ser impossível. E viagens no tempo? Acredita nisso? É impossível? Ah! Mas já estão fazendo isso mesmo, enquanto você está lendo. Mais uma vez, arranjaram uma maneira de tentar mandar passagens para o passado.
Uma experiência. Tudo teria começado em 2007, aproximadamente (a data me foge à cabeça), cientistas queriam pôr em prova sobre a possibilidade de viagem no tempo e realizariam a seguinte experiência: uma mensagem seria enviada de um receptor de nêutrons para o outro. Se o receptor número 2 recebesse a mensagem alguns segundos antes dela ser enviada, seria comprovada a possibilidade de uma viagem.
A experiência só deu resultados 10 anos depois. Bem, os cientistas estavam mais velhos e a tecnologia mais avançada... Não demorou muito para que houvesse euforia entre a comunidade científica e logo aprovassem um experimento maior e mais ambicioso.
Tentaram mandar uma mensagem para o e-mail de um dos pesquisadores 20 segundos antes dele receber. Mas que surpresa! A experiência foi um sucesso. Então os cientistas ficaram mais e mais intrigados com a complexidade do tempo e espaço. Se agora dava para receber uma mensagem chegar antes de você pensar em enviá-la, então existia tempo negativo, certo? Isso foi como um golpe de misericórdia na teoria da relatividade - e talvez - o início de uma nova era para a sociedade.
30 anos depois da mensagem, o método foi aperfeiçoado o suficiente para que pessoas mandem mensagens para até 30 anos no passado. Quando a notícia vazou, a mídia começou a espalhar preocupação para as outras pessoas: "qual seria os possíveis problemas em enviar uma mensagem para o passado?" e "o que aconteceria com nosso Universo atual?".
A resposta era simples, afirmavam os cientistas: seriam criados universos alternativos quando se mandava a mensagem. Imagine como se fosse um rio e que seus afluentes são seus universos alternativos: se você manda uma mensagem para uma certa parte do afluente em que você está, você acaba criando mais um curso para o seu rio... Tudo bem se não entendeu. É física supercordista, e portanto é confusa.
Não haveriam problemas para os governos, apenas seriam criados infinitos universos alternativos. Países como a Coreia do Norte e ditaduras começaram a correr atrás dessa tecnologia poderosa, imaginando que poderiam usar para mandar mensagens para o passado e anteverem acontecimentos para melhor preparação das ditaduras. Eles desanimaram quando perceberam que não mudaria nada em sua realidade quando mandassem a mensagem. Mesmo assim, levou tempo para o público poder usar a tecnologia de mensagens. Foram criadas leis para que os usuários não revelassem de fatos que ainda não ocorreram no máximo de 5 anos.
A pesquisa sobre viagens no tempo já tinha feito 90 anos nessa época. Mas ainda faltava algo realmente revolucionário, já que mandar mensagens não era o suficiente para "mudar o mundo" (é até irônico dizer isso). Então apelaram para algo que não havia sido pensado pelas duas antigas equipes de cientistas antes: abrir uma fenda espaço-temporal.
Isso sim seria algo revolucionário. Uma vez que já sabiam que as mensagens pegavam carona em outras dimensões para superarem a barreira do tempo, só precisavam abrir uma fenda que permitisse a passagem de objetos - e talvez até pessoas - por essa dimensão. Dessa vez levou menos tempo do que o previsto: segundo estimativas de outros físicos, levaria pelo menos 50 anos para conseguirem sintetizar tal tecnologia. Levou "apenas" 14 anos. A fenda estava aberta.
Pânico se espalhava pela sociedade. Parece que ao passar dos anos as pessoas não mudaram muito: continuaram a entrar em pânico desnecessário, já que segundo os cientistas qualquer coisa que viajasse - e talvez - alterasse algo na linha temporal não poderia retornar ou afetar nosso universo, pois o viajante teria criado um novo universo alternativo.
Metade da população ficou desconfiada, mas a euforia prevalecia. Quando puseram aquela fenda para funcionar, mandaram uma caneta para 20 segundos no passado.
Algo muito estranho aconteceu.
Simplesmente aconteceu de que após a caneta ser solta naquela "coisa" ela ter reaparecido atrás de um dos cientistas em uma velocidade tão rápida que perfurou a cabeça dele e ter ainda por cima perfurado a parede de 1 metro de espessura que separava o laboratório com a parte administrativa do prédio. O furo era tão perfeito que se aquilo não tivesse sido feito por uma caneta, teria sido feito por uma perfuradora, mesmo sabendo que não é qualquer perfuradora que faz um estrago desses em uma parede.
Nada foi comentado sobre o que houve lá dentro. O corpo do cientista sequer foi entregado para os familiares e o governo começou a supervisionar e vigiar mais ainda o complexo por onde se passavam as experiências... Isso atraiu um pouco a atenção do público e da mídia que começaram a elaborar teorias da conspiração sobre o que supostamente estaria acontecendo dentro do complexo. Os mais inteligentes acabavam palpitando (corretamente) que alguma experiência envolvendo viagens no tempo deu errado e que por isso o exército estava para garantir que ninguém soubesse. Mas isso era negado pelos cientistas e pelo exército e essas pessoas eram vistas como loucos paranoicos... Dessa vez foi a própria sociedade que negou o que estava acontecendo! Entendo, é assim desde os tempos da Grécia antiga, quando Sócrates começou a fazer o povo pensar e foi sentenciado.
As pesquisas começaram a ficar mais intrigantes para os cientistas. Descobriram uma maneira de ajustar as coordenadas geográficas, podendo assim escolher onde determinado objeto surgiria após terminar sua viagem no tempo... Isso demorou pelo menos 30 anos até descobrir uma maneira de determinar um "ponto zero" no Universo. Deram o nome de "hiper-salto" (ou abreviado como HS). Mas o hiper-salto era mais complexo do que parecia: suas possibilidades eram praticamente infinitas e conseguiam quebrar a barreira astronômica com ele. "Uma utopia está por vir!" diziam os governos mundiais. Mas era necessário aperfeiçoar o hiper-salto e se certificar que material orgânico poderia passar pela fenda.
Porém, os cientistas teriam ganhado a resposta para essa pergunta quando - em um acesso de loucura talvez - um dos cientistas resolveu ligar a máquina com ele dentro. Ele quis ser transportado para 10 anos para o passado para impedir que sua mulher fosse morta por uma doença que já tinha cura desenvolvida. O que aconteceu é que a fenda dimensional o "rejeitou" sendo que quando ele teria saído da fenda era como um amontoado de carne e ossos. Apenas o material inorgânico (tecidos e o vidro com a vacina) foram para o passado. Talvez o remédio tenha chegado ao lugar, já que com o aperfeiçoamento das coordenadas, os objetos agora "freiavam" quando terminavam a viagem.
O que deveria ser um choque para os cientistas, apenas foi uma oportunidade de postular teorias para o transporte no tempo de seres vivos. Mais e mais anos passaram até conseguirem descobrir que existiam duas viagens no tempo: a que transportava materiais orgânicos e a que fazia o mesmo com inorgânicos. Se uma fenda que transporta matéria inorgânica entrar com matéria orgânica, a matéria orgânica é "vomitada" e a inorgânica viaja no tempo.
Os cientistas ficaram animados e começaram as primeiras experiências com matéria orgânica. Mas, como dizia aquela frase: "quanto mais perto você chega da verdade, mais medo você tem dela".
Coisas estranhas começaram a acontecer no complexo.
Cientistas relatavam serem acordados por sussurros, outros acabaram achando objetos estranhos em seus armários e documentos de seus óbitos antes mesmo deles acontecerem. A maioria tinha como causa de morte "acidente durante experiência" e carimbos do exército e da instituição que cuidava do complexo de pesquisas. Eles começaram a ter medo, e muitos queriam sair do complexo e parar de trabalhar com as viagens no tempo... Pela primeira vez, começaram a ter medo das consequências de mudar o tempo.
Os testes continuavam a progredir lentamente, já que a taxa de sucesso era de 10% apenas. A maioria dos animais que atravessavam a fenda acabavam sendo encontrados em locais quase inimagináveis do complexo: no vaso sanitário do banheiro, entre as grades e assim por diante. Os militares foram instruídos para que ninguém saísse do complexo. Agora o complexo era a casa de quem trabalhava lá.
As coisas continuaram a piorar: alguns funcionários relataram ter visto eles mesmos acenando alegres, no lado de fora do complexo, entre as grades. Com a tensão aumentando, os militares dobraram a segurança e tinham permissão para atirar em qualquer coisa que fosse vita fora da base.
Colocar guardas dentro do complexo para vigiar os cientistas foi uma péssima ideia. Quando eles achavam no armário deles fotos deles mesmos mortos... Aparentemente assassinados por algo ou alguém. Eles acabavam paranoicos e tinham que ser afastados, isso quando eles não se suicidavam.
Os cientistas começaram a abrir a inscrição de cobaias para os experimentos. Só eram aceitas pessoas que tinham doenças terminais e queriam ir para o passado reviver os momentos mais felizes. Foi um processo muito lento e o que acontecia com essas pessoas era acobertado... A verdade é que acabavam sendo rejeitadas pelo portal, o que foi interpretado pelos cientistas que apenas algumas pessoas podiam atravessar o portal.
No dia em que a primeira cobaia passou pelo portal e foi transportada para 20 segundos antes de entrar no portal, foi um choque. Mas não só para os cientistas que quando perceberam que digitaram as coordenadas de forma errada e haviam materializado ele em uma parede, entraram em pânico. Para evitarem que houvesse um "loop temporal" e que o cadáver dele fosse transportado várias vezes para a parede interminavelmente, fecharam a fenda antes dele poder passar.
O pior disso tudo não foi o fato da cobaia ter ficado chocada ao ver uma cópia dele mesmo morto na parede, mas sim que após esse episódio uma estranha mancha negra ficou na parede. Talvez porque a matéria do corpo se fundiu com a parede.
Dessa vez, os funcionários relataram ouvir passos durante a noite, mesmo com os corredores extremamente vigiados. Os soldados também ouviam, mas diziam que não haviam ninguém lá. Outras noites, acabavam sendo acordados por um barulho muito grande ou então tinha a sensação de alguém estar vigiando eles.
No dia em que um deles viu dois olhos brilhantes olhando fixamente para ele e ter gritado por socorro, quando os guardas arrombaram a porta de seu quarto acharam ele morto, com a mandíbula deslocada e sem os olhos.
O governo começou a ficar preocupado, cuidou para que nada vazasse para o público. Dessa vez, os soldados queriam fugir, mas eles não foram permitidos, pois as ordens era que ninguém poderia sair de lá a não ser que fosse morto.
Após 13 casos de pessoas mortas em seus quartos e múltiplas aparições do homem de olhos brilhantes, um pequeno grupo de cientistas que continuaram sãos pesquisaram a fundo essas aparições e descobriram nas fitas de segurança que a criatura se teletransportava da parede em que a cobaia teria se materializado. Os cientistas colocaram um "grampo" e detectaram a origem do sinal... Ela tinha origem de outra dimensão.
Mandaram um soldado voluntário para a dimensão. Conseguiu entrar na fenda e quando voltou, 20 segundos depois de ser transportado estava completamente transtornado, nu, sem as órbitas dos olhos e coberto de sangue, chorando constantemente e repetindo o nome "Beliel" repetidamente.
Os cientistas só puderam chamar aquela dimensão de "inferno". O hiper-salto começou a sair fora de controle. Agora não era só no complexo que apareciam aquelas "coisas", era por todas as partes. Apareciam nas cidades, no interior... E sempre ficavam vigiando as pessoas, as seguindo, apenas esperando que quando notassem suas existências pudessem dar seu último grito.
O pandemônio se espalhou rápido e os boatos começaram a virar uma realidade pessoal para cada ser humano. O pior de tudo foi quando uma fenda dessa dimensão desconhecida se abriu sob o céu e várias daquelas "coisas" começaram a sair. Elas tinham asas, chifres e rasgavam as pessoas com violência. Por causa da fenda, eles não apareciam só de noite, começaram a atormentar continuamente os humanos e começaram uma carnificina que foi interpretado por muitos como o "juízo final".
Os cientistas descobriram que eles estavam procurando alguma coisa no tempo. Após ficarem anos ocupando a Terra, eles descobriram como usar o "hiper-salto" e começaram a voltar no tempo, procurando por cada brecha o que eles procuravam.
Agora vem a parte que eu queria chegar. Eles procuram algo que só você tem. Algo que minha geração perdeu e que nos fez igual a eles. Mandei essa mensagem como última esperança, tenho certeza que você fará a coisa certa... Que vocês farão a coisa certa e farão tudo dar certo. Só posso oferecer quatro ensinamentos.
O primeiro ensinamento: Nunca deixe ser guiado pela curiosidade. Ela irá fazer você ficar tão intrigado com o que há no fundo do abismo que fará você pular nele.
O segundo ensinamento: O tempo é implacável, imperdoável e irreversível. Alterar ou controlar ele não foi algo destinado a mortais. A tentativa de alterar isso resultará em consequências inimagináveis.
O terceiro ensinamento: Às vezes, seguir o lema "se não pode com eles, junte-se a eles" não é uma boa ideia. É isso o que "eles" esperam. E eles são piores com os inocentes.
O quarto e último ensinamento:Nunca, mas NUNCA diga que algo pode ser impossível/improvável de acontecer. Pois é isso que "eles" querem que você pense.
Você acha que é impossível que algum demônio apareça hoje à noite?
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Os Retratos
Havia um caçador na floresta, que, depois de um longo dia de caça, estava no meio de uma imensa floresta. Estava ficando escuro, e tendo perdido a direção, ele decidiu andar em apenas uma direção até estar livre daquela incessante e cansativa floresta. Após algum tempo, que pareceram horas, ele se deparou com uma pequena cabana. Percebendo o quão escuro já estava, ele decidiu ver se ele podia passar a noite ali. Ele se aproximou e viu a porta aberta, não havia ninguém dentro. Ele entrou e deitou na única cama que estava ali, decidiu se explicar ao dono pela manhã. Enquanto ele olhava ao seu redor, ele encontrou diversos retratos, todos pintados com um realismo incrível. Sem exceção, eles pareciam estar olhando em direção a ele, com olhares mortos que pareciam cheios de ódio. Olhando pra eles, ele se sentia incrivelmente desconfortável. Fazendo um esforço pra ignorar aquelas faces furiosas, ele se virou em direção a parede e exausto, ele cai num profundo sono.
Pela manhã, ele é acordado com um inesperado raio de sol. Olhando ao seu redor, ele percebe que na cabana não haviam retratos.
Apenas janelas.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
The Wanderer
Na década de 1990, uma menina se suicidou depois de ver uma imagem postada em um velho fórum de discussão.
A imagem era de uma figura - que alguns identificavam como uma mulher - que está no meio de uma estrada solitária. A figura é transparente a ponto de suas pernas serem pouco visíveis, e é iluminada por uma fonte de luz desconhecida vindo da direção da câmera. Quer se trate de faróis, uma lanterna de mão, ou a luz da câmera em si não se sabe ao certo, assim como a fonte real da imagem nunca foi identificada. As características faciais podem ser vistas, mas a figura é mais facilmente identificada pelo seu desgaste, e pelos seus membros ósseos, que em parte se assemelham a patas de aranha. Aqueles que viram a imagem ou sabem de sua existência têm vindo a conhecer a figura como "The Wanderer".
O primeiro caso conhecido da Wanderer ocorreu em 1996. Jane, uma menina da faculdade que estava visitando sua família durante as férias, tinha interesse no paranormal. Ela viu a imagem do "The Wanderer" em um fórum, juntamente com uma leitura da mensagem, "Você me vê? Eu posso ver você também."
Dezenas de outros usuários viram a mesma coisa. A maioria não pensou muito nisso - só que aquilo estava de alguma forma "engraçado". Alguns realmente se queixaram de dores de cabeça enquanto olhavam para a imagem, e reivindicações similares foram feitas por outros desde então.
Segundo a família de Jane, ela sofreu pesadelos depois de ver a imagem. Ela alegou que iria acordar e ver a Wanderer fora de sua janela. As vezes raspando o vidro com seus membros de aranha, mas normalmente apenas olhando para ela. Ela era incapaz de se mover enquanto a Wanderer marcava presença, como se muitas mãos invisíveis estivessem segurando-a. Mesmo quando ela fechava os olhos, ela ainda podia ver ela.
Sua família tinha certeza que ela estava assustada por causa de uma imagem da internet e estava tendo pesadelos, como resultado, até que Jane se queixou de ver a Wanderer em seu dia-a-dia. Ela estava convencida de que ela estava a seguindo. Ela a via mesmo quando ela estava em uma sala cheia de pessoas ou em um lugar público, mas mesmo assim ninguém via nada. A Família de Jane temia por sua sanidade mental, mas apenas assegurou que a Wanderer não era real.
Jane, no entanto, só piorou. Ela começou a ir aos extremos e passava as noites em claro acordada. Começou tomando apenas com cafeína para permanecer ativa, mas rapidamente começou a cortar-se, assim gritando a noite toda. Em pouco tempo, ela não estava dormindo mais. Ela estava convencida de que, se ela dormisse novamente, a Wanderer iria levá-la.
Sua família sabia que não poderia apenas esperar e torcer pelo melhor. Jane precisava de ajuda. Mas quando a mãe de Jane bateu na porta do quarto de sua filha, ela não recebeu nenhuma resposta. Ela abriu a porta com cuidado, não querendo perturbar ou assustar Jane, mas não ouviu nada.
Jane não estava em sua cama. Ela não estava sentada em seu computador. Ela parecia não estar em seu quarto, até que sua mãe verificou o armário.
Lá, Jane foi encontrada enrolada em um canto. Avermelhada de sangue de seu corpo, depois de ter empurrado a longa cortina garganta abaixo. Ela estava segurando uma nota manchada de sangue que dizia: "Não pode me pegar agora."
O caso de Jane não é isolado. Pelo resto da década de 90, dezenas de outros se suicidaram ou desapareceram depois de ver a imagem da Wanderer. Desde a virada do século - apesar dos meus melhores esforços para localizar a imagem - ela parece ter desaparecido. Recentemente, porém, eu postei em um fórum perguntando se alguém tinha ouvido falar do Wanderer. Já fiz isso muitas vezes antes e, geralmente, há uma ou duas pessoas que ouviram a história, mas ninguém viu a imagem. Desta vez foi diferente. Pouco depois de postar, recebi um e-mail na minha caixa de entrada.
O assunto do e-mail foi "Eu posso te ver." O corpo só dizia: "Você me vê? Eu posso ver você também."
Havia uma imagem anexada com a mensagem.
Eu não posso verificar se é a imagem Wanderer real ou não, mas devo avisá-lo que, se você optar por ver a imagem...
Você o faz por sua própria conta e risco.
Você o faz por sua própria conta e risco.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Eletricidade
Acredito que isso tenha começado há algumas semanas atrás. Os eletrônicos da minha casa começaram a ligar e desligar de repente. No começo era apenas um pequeno incômodo; eu estava na internet e meu computador desligava, ou eu estava cozinhando alguma coisa e o forno parava de funcionar.
Chamei um eletricista, mas ele disse que a fiação da minha casa estava perfeita. Não acreditei nele e chamei outros eletricistas, mas todos disseram a mesma coisa. Então tentei usar menos eletricidade em casa, achando que estava sobrecarregando-a. Eventualmente aprendi a conviver com isso.
O que começou a chamar a minha atenção para este fato foi quando meus colegas de trabalho começaram a reclamar do mesmo problema. A mulher do cubículo ao lado do meu me confidenciara que o iPod dela havia parado de funcionar com a bateria ainda cheia, e que voltara a funcionar minutos mais tarde.
Logo estávamos vendo notícias sobre os mais diversos casos. Nos foi dito que o problema seria consertado logo, e não nos deram mais informações sobre.
Logo descobri que não era apenas nossa cidade que estava sendo afetada; muitas outras áreas ao redor do país - e mais tarde descobri que ao redor do mundo também - estavam sofrendo dos mesmos problemas.
As coisas começaram a piorar. À certa altura, muitos de nós estávamos acostumados com um ou dois aparelhos eletrônicos não funcionando. Mas quando todos os eletrônicos começaram a desligar ao mesmo tempo, e não funcionavam por horas, o pânico começou a tomar conta das pessoas. Não havia explicação. A mídia e os eletricistas não conseguiam nos explicar o porquê.
Então os geradores começaram a falhar. A maioria das escolas, escritórios e até algumas casas colocaram geradores para quando a eletricidade fosse embora. Eles estavam funcionando bem, e então, da mesma forma com que acontecera com os outros aparelhos, os geradores começaram a não funcionarem mais. Crianças tinham que ir para as escolas estudar no escuro. Eu mesma tive que chegar ao escritório onde trabalho usando uma lanterna; que eventualmente parou de funcionar, claro.
Quando as luzes pararam de ligar de volta, o estado de pânico se generalizou. Não importava o que era feito, as casas estavam ficando completamente escuras. Sem nenhum acesso à meios de comunicação, as pessoas não sabiam mais de nada.
Então as “alucinações” começaram. Pessoas gritavam que estavam vendo e ouvindo coisas. A mulher do cubículo ao lado do meu teve uma dessas alucinações. Eu deduzi que era bem ruim, porque ela grampeara os próprios olhos. Ou foi o que eu ouvi, já que nosso prédio estava na mais completa escuridão.
A sociedade começara a ruir. Os eletrônicos mantinham nossa espécie conhecida, conectada, entretida. Sem essas coisas... Bem... Agora sabemos o que acontece. Eu parei de ir ao trabalho. Ninguém estava indo a lugar nenhum; as pessoas ficavam em suas casas, estocando comida e itens de sobrevivência, e tomando conta dos entes queridos que estavam começando a ter alucinações.
Durante o dia - o único momento em que havia luz - eu vi um homem caído no meu jardim. Corri para ajudá-lo, mas assim que cheguei perto, ele começou a gritar.
“Oh Deus, as luzes! Precisamos das luzes! Tragam-nas de volta, por favor!”
Fiquei com medo de me aproximar dele. Dei alguns poucos passos em sua direção, até que suas palavras a seguir me deixaram estática:
“Eles virão se não tivermos luzes! Virão para pegar todos nós! Homens, mulheres, crianças, todos!”
Os pelos da minha nuca se arrepiaram ao ouvir aquilo. Sou uma pessoa racional, mas o modo como esse homem gritava, o modo como ele me encarava... Percebi que ele não estava penas sofrendo de alucinações.
Eu podia ter perguntando mais ao homem, mas infelizmente ele desmaiara. Não queria deixá-lo jogado no meu jardim, mas também não podia ligar para a polícia e eu nunca o tinha visto na vizinhança antes. Acabei levando-o à estação policial do outro lado da cidade, mesmo sabendo que os policiais não estariam ali. Quando finalmente voltei pra casa, o sol já estava se pondo. Senti os pelos da minha nuca se arrepiarem mais uma vez e corri para dentro de casa, trancando a porta atrás de mim.
Uma hora depois, quando estava quase dormindo - não havia muito o que fazer nesses dias - eu escutei. Um grito de gelar o sangue, vindo de uma casa não muito longe da minha. Eu pulei da cama e corri o mais rápido que pude até a casa. Alguns outros se juntaram a mim enquanto tentávamos descobrir o que estava acontecendo. Entretanto, ninguém saíra da casa para pedir ajuda. Um homem que estava com a gente decidiu entrar para ver o que havia de errado. Ele derrubou a porta e desapareceu na escuridão.
Momentos mais tarde, ouvimos seu grito também, mas como estávamos mais perto, ouvimos sons novos além dos gritos.
Era o som de carne sendo arrancada dos ossos, uma risada não-humana, e o som de sangue espirrando nas paredes.
Tudo que posso me lembrar é de estar voltando pra casa. E se eu forçar a memória desse dia, posso me lembrar de talvez ter visto um “deles” através das janelas daquela casa... Quer dizer, apenas os olhos brilhantes, claro. A coisa mesmo é toda preta, combinando com a escuridão em que vive. Claro, tem aqueles dentes...Oh Deus, os dentes. Quando aquilo sorriu para mim através da janela, eu os vi. Brilhantes, brancos e pontudos, com carne e sangue pingando deles.
Agora aqui estou. Me tranquei no quarto, tendo apenas a luz da lua vindo de uma pequena janela para guiar minha caneta enquanto escrevo isso. Ouço o pânico lá fora; as pessoas estão tentando enfrentar o que quer que sejam aquelas coisas, mas estão falhando. Mais gritos, mais ossos se partindo, mais sangue manchando as ruas... É tudo que eu tenho escutado nas últimas horas. Estou surpresa de não ter ficado totalmente insana...Ainda.
Tive algum tempo para pensar também. Este é o motivo pelo qual temos medo do escuro. Essas coisas são a escuridão, o pior dela. Eles são a razão pelo qual as crianças precisam dormir com alguma luz acesa. A luz os mata. Qualquer fonte de luz, até mesmo a luz saíndo da tela de um computador. É por isso que não atacam durante o dia. Eles são cuidadosos em aparecerem para os humanos - Quando não é hora de comer, lógico - mas agora eu sei porque todo mundo tem medo do escuro quando são crianças. Eu me lembro, agora, de ver um deles pelo canto dos olhos quando tinha cinco anos de idade. Minha mãe me disse que eu estava apenas vendo coisas que não existiam.
Se eu aguentar por mais algumas horas, o dia virá. Talvez a ajuda chegue, e eles não serão capazes de me atacar, eu ficarei segura.
Mas isso provavelmente não vai acontecer, já que posso ouví-los nas escadas agora. Eles estão vindo, e essa porta trancada não vai segurá-los. Eu vou sofrer o mesmo destino que aquelas pessoas dentro daquela casa.
Eles estão arranhando a porta agora. Posso ouví-los rindo, como se isso fosse um jogo. Tenho uma faca na minha mão, mas que bem isso poderá fazer? Por quê as luzes se foram?
Posso ver um deles ao pé da minha cama agora. Mostrando aqueles dentes para mim. Derrubo a faca. Por que se incomodar? Talvez seja apenas nossa hora, como humanos.
A escuridão está aqui para limpar a terra.
Medo do escuro
Essa foi uma história enviada pelo leitor do blog MEDO B Icaro Tanan.
Talvez seja verdade, talvez apenas uma creepypasta, vai saber...
Sabe quando você apaga a última lâmpada... Está no escuro, e sente aquele frio na espinha? Não importa se é criança, adulto ou velho...
Você sempre pode sentir o ambiente esfriar de repente, como se seu sangue gelasse só por causa do escuro...
A maioria das pessoas deixa a lâmpada do quarto acesa...
E se foca na claridade do caminho de volta pro quarto, outros vão correndo... Mas poucos olham pra trás...
Você sabe que não tem nada lá no escuro... Ou pelo menos sua mente quer pensar assim...
Mesmo quando está deitado, e ouve barulhos estranhos, você ignora, você sabe que pode ser o vento, ou algum objeto em falso que caiu...
Mas lá no fundo... Você tem medo de olhar e perceber alguma coisa te olhando de volta...
As crianças tem este medo... Mas vão crescendo sendo treinadas para acreditar que não há nada lá...
Eu acreditava...
Naquela vez que fui ao banheiro, tinha esquecido de ligar a luz do corredor...
Era desnecessário, eu sabia o caminho...
Fui olhando pro chão, com medo de tropeçar em algo no escuro...
Estava frio... Achei normal, afinal era noite...
Enquanto fazia o que tinha ido fazer no banheiro, senti um pequeno calafrio...
Ri sozinho... Estava realmente apertado, era um alívio!
No caminho de volta, ouvi um estalo atrás de mim, e me arrepiei...
Nessa hora nosso cérebro começa a procurar uma explicação pro que está havendo...
Comecei a vasculhar minha mente, tentando lembrar se eu tinha trancado a porta... Tinha. Tinha certeza que sim.
E essa é a hora em que você pensa o quanto seu medo é ridículo, e olha pra trás pra provar a si mesmo que está errado... Eu olhei...
O que eu vi, fez meu sangue gelar...
Olhava diretamente pra mim...
Não podia ver seus olhos, mas sabia que olhava pra mim...
Minhas pernas não se mexiam... Eu não conseguia gritar...
Parecia ter levado uma eternidade encarando aquelas órbitas vazias, até que consegui forças pra correr até o meu quarto e acender a luz...
Enquanto meu coração parecia querer sair pela boca, olhei para onde a coisa estava... E não havia nada...
Na manhã seguinte, não sabia se havia sido um sonho, ou se tinha sido mesmo verdade... Eu só sabia de uma coisa...
Eu não durmo mais de luz apagada.
Luzes à Distância
Um jovem, sofrendo de insônia, tentava dormir uma noite. Depois de vários minutos tentando, ele ainda estava acordado e ia ficando cada vez mais tarde. Ele se virou na cama e olhou pela janela. Do lado de fora, havia dois postes de luz ao longe, o rapaz focou seus olhos nas luzes e logo dormiu.
Na noite seguinte, o jovem teve outra crise de insônia e mais uma vez estava tentando pegar no sono. Lembrou-se da solução que encontrara na noite anterior e se virou para a janela, encontrando os dois pontos de luz. Logo, ele estava dormindo tranquilamente mais uma vez.
Na outra noite seus problemas de sono estavam de volta, mas ele simplesmente olhou pela janela, fitando os postes de luz e descansou seus olhos neles. Nesta noite, eles estavam piscando a cada alguns segundos. O rapaz pensou que as lâmpadas iam se queimar e quando ele finalmente dormiu, as luzes finalmente se apagaram.
No outro dia, ele acordou totalmente descansado. Assim que se levantou da cama, o rapaz olhou pela janela para ver os postes, esperando que alguém fosse consertá-los em breve.
Entretanto, quando ele olhou para a rua, percebeu algo estranho; não havia postes por perto.
Ele se inclinou para perto da janela para procurar melhor, mas ainda não havia sinal algum de poste por ali. Então ele olhou para baixo e percebeu pequenas marcas de garra no parapeito, como se algo tivesse se agarrado ali.
Sua insônia piorou.
Teddy
Minha irmã tinha um ursinho de pelúcia, um assustador ursinho de pelúcia. Eu não sei porque, mas ele me assustava. Era tão perturbador para mim. A coisa tinha olhos que pareciam tão reais. Era como se fosse feito de um urso real e seu rosto era apenas branco e inquietante.
Primeiramente eu comecei a ter sentimentos estranhos sobre o urso quando minha irmã o ganhou, ela era apenas um bebê na época, e eu tinha quase 4 anos. Nós tínhamos um cachorro, e ele tinha o hábito de comer as coisas, então minha mãe sempre tinha que o colocar em uma pequena sala no corredor do andar de cima. Toda as vezes que subia aquelas escadas, eu via o urso estranho de repente brilhar no canto pra mim, é como se ele estivesse me observando. Essa não é a parte estranha; começou a ficar realmente estranho uns 5 anos depois: com 6-7 anos minha irmã perdeu o interesse no urso, então minha mãe apenas o jogou no armário de brinquedos antigos,o único problema era que o armário ficava no meu quarto.
Quando eu tinha 9 anos, idade suficiente para ficar sozinho e ir para cama sem qualquer assistência, todas as noites eu deitava na minha cama e apagava minha luz. Foi quando ficou estranho. Eu estava ficando com sono, mas de repente lembrei da minha mãe colocando o ursinho no armário; lentamente me virei para olhar em todo o meu quarto, para vê-lo através do vidro. Meu coração de repente parou, enquanto eu pensava nos horrores que o ursinho havia me causado, mas com 9 anos, eu queria crescer e perder meus medos, então só sacudi a cabeça e me deitei.
Quando me levantei para tirar meu lençol pra mais longe, notei algo que iria me deixar cicatrizes a vida toda: lá estava, no final do meu quarto, o ursinho. Meu coração começou a bater normalmente de novo. Fiquei ali sentado, olhando para ele por aproximadamente um minuto. Quando eu precisei bocejar, fechei os olhos. Os abri, para ver o ursinho sentado mais perto da minha cama. Neste momento, eu estava realmente assustado. Comecei a me mover para trás, encostei na parede e olhei em volta para ver se havia qualquer indicio de alguém ter entrado no quarto. Olhei para trás para ver o ursinho no final da minha cama, eu estava tão assustado que quase desmaiei de medo. Quando eu pisquei, ele tinha desaparecido. Olhei em volta. Para meu alívio, não vi nenhum sinal dele.
Deitei minha cabeça para trás no meu travesseiro, esperando por um pouco de sono. Então abri meus olhos. Estava acima da minha cabeça, olhando para baixo. Eu gritei pois ele pulou em cima de mim. Eu nunca vou ver um urso da mesma forma novamente. Alguns anos depois, depois de anos de horror, eu o queimei; estava satisfeito em como o urso foi transformado em cinzas na minha lareira.
Eu vivi minha pré-adolescencia e adolescência; a única coisa que eu conseguia lembrar que era de alguma forma semelhante com minha péssima experiência, foi quando assisti Trainspotting. Aquela merda de cena do bebê me chocou tanto, mas fora isso, tudo estava bem.
Quando fiz 19 anos, estava prestes a mudar para minha casa nova. Eu já tinha pegado as chaves da casa e estava pronto para montar minha mobília. Depois de horas de transporte, carreguei a útilma caixa do caminhão de mudança para a porta da frente e fechei a porta atrás de mim. Me virei para ir na cozinha e colocar a caixa na mesa. Abri para ver que era um armário. Eu o tirei, andei até minha nova sala de estar e o coloquei lá no canto, olhei para ele e pensei comigo mesmo, eu não me lembro de embalar esse armário. Eu realmente não me importava muito com isso, afinal tinha acabado de me mudar para minha casa nova.
Voltei na cozinha para pegar minha televisão e a levei para a sala de estar, quando eu o vi. O ursinho, ele apenas ficou lá, olhando para mim com aqueles olhos brancos e realistas. Foi além da minha imaginação, como algo de um filme de terror. Meus medos não podiam ser contido e tanto faz aquilo ser urso ou uma possessão demoníaca, ele sabia que eu estava com medo. Eu o joguei no lixo e coloquei um bloco de cimento em cima da tampa. Naquela noite, eu dormi na minha cama, me sentindo um pouco mais seguro. Acordei de madrugada e olhei as horas. 12:00h.
Ouvi um barulho na cozinha. Fui até lá e notei que a porta de fora estava aberta e no chão tinha marcas de lama com formato de patas que levavam até a cozinha. Eu notei que uma das minhas facas não estavam no suporte e então ouvi algo estranhos atrás de mim. Corri até o carro e dirigi. Olhei no espelho retrovisor e vi o seu rosto. Ele estava segurando uma faca. Eu pisei nos freios. E ele voou pelo pára-brisa da frente, levantou-se e olhou direto nos meus olhos. Me senti como se ele estivesse me puxando pra ele. A única coisa que poderia estar indo em direção a ele seriam minhas duas rodas dianteiras. Me colidi com ele, senti uma leve batida, suspirei de alívio e dirigi. Nem um minuto depois, senti como se algo estivesse cortando a parte de baixo do meu carro. Então saí para verificá-lo: havia uma barra atravessando meu tanque de combustível. Corri bastante até o hotel mais próximo para ficar lá. O único que tinha era a uma milha de distância. Quando cheguei no hotel, caí na cama exausto. Quando eu acordei...
Ele estava no pé da minha cama...
O Desafio
Alguns de vocês já devem me conhecer de “A Mágica”. Para os demais acredito que essa seja a primeira vez que terão o prazer. Para os iniciantes, farei uma breve explicação para que entrem em sintonia com a coisa toda e como irá funcionar. Eu faço desafios às pessoas. Pequenos desafios para os corajosos, curiosos ou tolos tentarem. Se você participar dele todo até o final, então você vence. Mas se você for apenas ler as palavras como se estivesse lendo alguma velha história, você irá fracassar... e estará perdendo o seu tempo. Isso só vai funcionar se você fizer exatamente o que eu disser. Qualquer desapontamento que você tiver se ler mas não entrar no jogo será completamente atribuído a você. Eu mesmo te digo e evito que se aborreça – essa história não será assustadora se você não participar. Ela não vai te aterrorizar se você não entrar na brincadeira. Ela não vai te enlouquecer se você não lhe der a chance. De fato, ela vai te entediar. Em vez disso você pode ir ler a informação nutricional da sua caixa de cereal. Qualquer julgamento que fizer sobre a capacidade dessa história de te deixar paralisado é inválido se você não for corajoso o suficiente para tentar O Desafio.
Eu tenho experiência nessas coisas, acredite em mim. Já vi tudo isso antes. Temos aqueles que, entusiasmados, baixaram “A Mágica” e que se sentiram ofendidos por não terem sido aterrorizados, mesmo não tendo seguido as instruções mais básicas. Reclamem suas putinhas! Então temos aqueles penetras, que folheiam o “Thirteen Volume Um” nas livrarias e bibliotecas, tão ansiosos para ver o motivo de tanta euforia que acabam perdendo o passeio. Quase todos estarão lendo da mesma cartilha: Quer que isso funcione? Entre na brincadeira e tente essa merda. Não importa se você tem dezesseis ou sessenta e seis anos; as regras se aplicam a todos igualmente. Isso não é para crianças, é para adultos, então se você se exclui de participar do desafio por algum tipo de complexo de senilidade auto-induzido então estou te dizendo, você está se iludindo amigo. Se envolva. Senão você irá fracassar. Estamos embarcando numa pequena viagem. Dessa vez, diferente de “A Mágica”, você não precisa estar sozinho para que funcione. Quanto mais, melhor. Testemunhas são bem vindas.
OBEDEÇA AS REGRAS!!!
Primeiro passo: Preciso que você fale com um amigo ou dois. Você pode mostrar a eles essa história até esse ponto ou apenas comunicar a eles da seguinte maneira: "Eu quero ver se sou corajoso o suficiente para tentar O Desafio. Vai ser bizarro. Eu queria que vocês viessem comigo. Isso vai levar somente o tempo de irmos até o cemitério mais próximo, não mais que dez minutos".
Segundo passo: Marque uma data e um horário para se encontrarem (de preferência no começo da noite). Então você, o instigador, deve preparar o seguinte, uma pequena bolsa/mochila, na qual irá colocar uma caixa de fósforos, um espelho pequeno, uma caneta, uma única folha de papel em branco e esse livro (Thirteen Volume Dois) ou “O Desafio” impresso. Assim que tiver colocado tudo na bolsa, vá até o cemitério e continue a ler a partir desse parágrafo apenas quando tiver chegado lá. Você pode filmar se quiser, para o caso das pessoas não acreditarem que você fez isso tudo até o final. Eu gosto de encorajar esse tipo de coisa...
Interlúdio Daqui pra frente é que a brincadeira começa. Você chegou no cemitério? Isso é muito importante. Todos os seus convidados apareceram? Ah, muito bem! (Bom, eu realmente espero que você esteja no cemitério se estiver lendo isso e não sentado no seu quarto lendo no computador porque está assustado demais para tentar. Se for esse o caso, você deveria deixar pra lá. Isso não vai te levar a nada. Se o seu negócio é com quartos, tente “A Mágica”.) Ok, vamos continuar...
Terceiro passo: Não se aborreça. Como organizador, diga ao seu pequeno grupo para se comportar da melhor maneira possível. Pessoas em luto sendo incomodadas logo fariam os funcionários do cemitério escoltarem vocês até a saída, e isso não é bom. Eu sei que os nervos estarão à flor da pele, e essa excitação vertiginosa pode facilmente levá-los à tolices, mas se acalme e certifique-se de que todos estejam focados e calmos também. Pessoas agindo como idiotas vão arruinar esse desafio, então mantenha as coisas sob controle.
Quarto passo: Façam uma caminhada de uns cinco minutos (sozinhos, em pares, todos juntos, tanto faz) e procurem o túmulo mais antigo que puderem encontrar. Será aquele com a data da morte mais antiga, e não a de nascimento. Se não houver nada antes de 1911, encontrem outra merda de cemitério. Só vai funcionar se for antigo.
Quinto passo: Reúnam-se em volta do túmulo.
Sexto passo: Tire a caneta e o papel de dentro da bolsa. Rasgue o papel em quadradinhos que sejam grandes o bastante para escrever uma única letra em cada um e escreva:
A primeira letra do primeiro nome (se houver mais de um nome na lápide escolha aquele que morreu há mais tempo) Escreva a última letra do último nome Escreva a primeira letra de cada parágrafo da seção logo abaixo do Interlúdio, na página anterior – são cinco ao todo, do ‘D’ ao ‘O’. Todos do seu grupo devem escrever pelo menos mais três letras de sua escolha. Mantenham-nas em segredo uns dos outros. Não use a mesma letra duas vezes quando for sua vez de escolher. Pegue o ano da morte. Cada número corresponde a uma letra do alfabeto. 1889, por exemplo, seria um ‘A’, primeira letra do alfabeto, ‘H’, oitava letra do alfabeto, ‘H’ e ‘I’. Se tiver um zero, pule. Em qual mês a pessoa morreu? Adicione da seguinte maneira: Janeiro – G. Fevereiro – A. Março – I. Abril – L. Maio – P. Junho – W. Julho – C. Agosto – R. Setembro – M. Outubro – B. Novembro – U. Dezembro – T. Se a pessoa morreu num dia do mês de número par, acrescente ‘F’, ‘T’ e ‘P’. Se tiver sido num dia ímpar, ‘W’, ‘S’ ‘C’. Coloque todas as letras na sua bolsa. Sem dobrar.
Sétimo passo: vire a bolsa, deixando cair todas as letras a seus pés. Recolha aquelas que caíram viradas pra cima e queime uma delas com um fósforo. Coloque o restante das que caíram viradas pra cima na bolsa. Deixe as que caíram viradas pra baixo.
Oitavo passo: Pegue o pequeno espelho e ande em círculo ao redor das letras viradas pra baixo três vezes, apontando o espelho na direção delas. Se houverem menos de seis letras, reponham a diferença com as letras da bolsa. Todos vocês, se forem um grupo, ou ambos, se for um par, ou só você, se foi corajoso o suficiente pra chegar até aqui sozinho.
Nono passo: Recolha as letras viradas pra baixo, mas não olhe ainda. Acredito que agora você faz parte de um desses três grupos: Um, você está aí, fazendo isso, e você está nervoso. Dois, você está aí, fazendo isso, pensando que é ridículo e que nada vai acontecer. Três, você está no seu quarto. Grupos um e dois, muito bem, estamos quase lá. Logo vocês poderão dizer “Eu realizei O Desafio”.
Décimo passo: Um por vez, virem os pedaços de papel restantes. Esperem por uma palavra que vai aparecer entre as letras como num anagrama. Ela será bem curta. Como ‘oi’. Ou ‘corra’, ou ‘vá’.
Qual é a sua palavra?
A Mágica
Existe um livro nos EUA que está chamando bastante atenção... Na verdade desde o ano passado esse livro "choca" algumas pessoas, e fez tanto sucesso que já saiu um segundo livro.
Existem videos no youtube da reação de alguns leitores lendo os contos do livro.
Eu consegui um conto desse livro que promete uma experiência única para o leitor... uma experiência mágica...
Você já leu alguma coisa e gostou tanto que desejou nunca ter lido só pra poder ler de novo pela primeira vez? A primeira vez é magica, certo? Não importa quantas vezes mais você leia algo, nunca será tão bom quanto.
Essa é a sua chance de ler algo realmente incrível pela primeira vez. Você só terá essa chance, então não estrague-a. Eu quero que você entenda a maioria das coisas, então terá de confiar em mim. Faça exatamente o que eu mandar.
Se você não está sozinho agora então coloque isto de lado imediatamente. A Mágica - a verdadeira mágica - é tímida. Não vai funcionar se você estiver lendo isso numa cafeteria lotada ou sentado em um trem.
OBEDEÇA AS REGRAS!!!
Só leia a partir daqui se você estiver sozinho.
Ótimo. Já começamos.
Agora eu preciso que você faça mais algumas coisas pra mim - algumas coisas pequenas. Pense nisso como um manual de instruções, um processo que você precisa seguir se quer que algo funcione. Não quero parecer mandão ou insistente. Só quero que isso dê certo para você.
Vá para algum lugar onde você pode fechar a porta e ler isso sem ser interrompido. Não importa onde - seu quarto serve, ou um banheiro. Qualquer lugar que você possa ir sem ter alguém por perto. E como eu disse antes, feche a porta.
Talvez alguns de vocês estejam lendo isso mas não estão seguindo as instruções. Você não deseja participar? Eu lhe garanto, é melhor ser parte disto do que simplesmente ser tirado da mágica por alguém. Mas não deve ser tarde demais. Não posso prometer nada, mas se você for para algum lugar quieto agora e fechar a porta... Verei o que posso fazer.
Bem, aqui estamos nós. Ou melhor dizendo, aí está você. Espero mesmo que você esteja gostando. Eu sei que nada aconteceu ainda, mas você não está ansioso? Sua curiosidade não está ficando cada vez maior? Aproveite. Esta é a única vez em que você vai sentir o que está sentindo agora. A maravilha que está para acontecer, as meia-conclusões que você já deve ter feito - tudo isso só pode acontecer uma vez, só pode acontecer agora, só pode acontecer esta primeira vez.
Um pouco da mágica já começou. Você está sozinho em uma sala, claro, mas ao mesmo tempo está se unindo à todas as outras pessoas que já fizeram isso antes de você, e todos aqueles que farão isso depois de você. Você pode sentí-los? Talvez esteja se sentindo um pouco idiota, ou talvez privilegiado. Você é parte de uma multidão invisível, unida fora do tempo, lendo as mesmas palavras.
Não se preocupe, este não é o clímax, e certamente não é uma piada. Não estou aqui para perder seu tempo com conversas sobre metafísica. E para provar isto, vamos seguir adiante.
Acredito que tenha uma luz na sala que você escolheu senão não teria como ler isto, certo?
Vamos lá, você pode me responder se eu lhe perguntar algo! Na verdade, você precisa me responder se você quer que isso funcione. Vou perguntar de novo. E desta vez, responda. Alto e claro, não tenha medo. Só diga “Certo”.
Agora, vamos todos participar. Tudo que eu quero é uma palavrinha falada em troca de todas as palavras que lhe dei até agora. Lembre-se, eu estou fazendo isso por você - está é sua única chance e eu quero que funcione.
Responda à minha pergunta.
Muito bem! Você deve ter se sentido meio bobo por dizer em voz alta mas não tem ninguém aí para te ouvir e que mal pode ter sido feito? Agora você pode continuar a aproveitar, sabendo que você seguiu as instruções perfeitamente. E quando você segue as instruções perfeitamente, as coisas tendem a funcionar.
Faça o que for possível para deixar seu quarto o mais escuro possível, deixando apenas o suficiente para que você possa ler estas palavras. Feche as cortinas, apague a luz e ligue uma luminária. Melhor ainda, acenda uma vela ou leia com a chama de um isqueiro. Eu odeio ter que ficar repetindo, mas vai ser melhor se você fizer o que eu digo. Seria uma tristeza se perder agora que você já chegou tão longe.
Permita-me descrever o cenário. É meio estranho, não é? Devemos ter um momento para considerar? Normalmente, quando você lê alguma coisa, a cena é descrita para que se possa imaginar, mas aqui está você lendo sua própria cena, na qual você está sentado em uma sala escura, sozinho, lendo o que quer que tenha te trazido para esta mágica. Que colocações poderosas! Quando você era pequeno, já se imaginou sendo um personagem de um livro ou filme e que milhões de pessoas liam sobre você e viam seus feitos? Talvez a intenção era que fosse real?
Digo que não se preocupe, está não é a mágica de que lhe falei antes.
Isso, aproveite o momento. Aqui vai. Aqui vai a mágica.
Agora, rapidamente, levante-se de sua cama, cadeira, ou lugar contra a parede. Levante-se e ande até a porta que você fechara há alguns minutos atrás. Coloque seu ouvido contra a porta e escute. Prenda sua respiração.
Bem, me pergunto se você consegue me ouvir.
Ok, vamos expandir a cena que descrevi um momento atrás. Você lembra, aquela com você lendo numa sala escura. Sim, bem, fora daquela sala, do outro lado da porta fechada, alguém que você não pode ver está parado ali. Sou eu. Me pergunto se você consegue advinhar meu nome. Uma pequena parcela do se subconsciente já deve ter registrado as primeiras letras dos últimos cinco parágrafos que você leu e o que eles soletram. É o mais perto que tenho de um nome.
Você pode me ouvir respirar? Não? Talvez eu esteja prendendo minha respiração também, com a orelha pressionada contra a porta, tentando ouvir você.
Ou provavelmente há um último passo, uma última instrução que você precisa seguir para fazer esta mágica funcionar.
Me convide para entrar.
Vamos lá, não reclame! Você já falou comigo antes quando respondeu minha pergunta sobre a luz. Tudo que você precisa fazer é me deixar entrar. Veja bem, eu sei que você está aí, sozinho no escuro. E tudo que eu quero provar é que a mágica funciona.
Assinar:
Comentários (Atom)

